Orbán fala de soberania, mas se curva à Rússia e à China, negando as liberdades fundamentais

O Grupo PPE apela para que o povo húngaro eleja livremente o seu próximo governo - sem intimidação, repressão ou ataques aos seus direitos fundamentais. No debate plenário de hoje, os eurodeputados do Grupo PPE da Hungria e de toda a Europa denunciam o governo do Primeiro-Ministro Viktor Orbán por minar as liberdades democráticas fundamentais de que todos os cidadãos da UE devem usufruir.

"As ações do primeiro-ministro Viktor Orbán revelam as rachaduras em uma fachada autoritária que se torna mais frágil a cada dia. Essas leis não têm a ver com a proteção das crianças ou da soberania - elas têm a ver com o silenciamento dos críticos e com o controle do espaço público", afirma Zoltán Tarr MEP, chefe da delegação húngara no Grupo EPP e líder da oposição húngara ao regime de Orbán. "O governo de Orbán agora tem as ferramentas legais para encerrar qualquer manifestação que não lhe agrade, sob o pretexto vago de 'proteger as crianças'. Isso não é proteção infantil. É censura política."

Tarr enfatiza que as medidas recentes - como a proibição de eventos do Orgulho e a concessão de amplos poderes para a vigilância por reconhecimento facial - não são ações isoladas direcionadas a minorias. Elas representam um ataque mais amplo à liberdade de reunião e de opinião que ameaça todos os húngaros.

"As táticas de Orbán são simples: fomentar a divisão, suprimir a dissidência e desviar a atenção do fracasso econômico e da corrupção de seu governo", acrescenta Tarr. "O povo húngaro merece o direito de escolher livremente seu próprio governo - sem intimidação, sem repressão e com acesso total aos seus direitos."

"Na Polônia, vimos o que acontece quando os governos reescrevem as regras para enfraquecer a oposição e restringir o debate público", alerta o deputado Michał Wawrykiewicz. Ele é conhecido na Polônia por sua luta por tribunais livres e contra o autoritarismo do governo polonês anterior. "Orbán afirma defender a soberania húngara, mas seu governo importa tecnologia de vigilância de Pequim e recicla propaganda tirada diretamente do manual do Kremlin."

"Sejamos claros: não é possível defender os valores patrióticos adotando as táticas de Moscou ou as ferramentas de controle chinesas. A verdadeira soberania e o patriotismo começam com cidadãos livres e instituições democráticas fortes", enfatiza Wawrykiewicz.

O Grupo do PPE está ao lado de todos os cidadãos húngaros que desejam um futuro democrático, livre e europeu, baseado no Estado de Direito e não governado pelo medo.