A Europa deve ser capaz de se defender por conta própria

"Precisamos acelerar a criação do pilar de defesa europeu. Vimos os limites da preparação da Europa para guerras e conflitos, e é por isso que precisamos atualizar nossa capacidade rapidamente. A maior ameaça à segurança da Europa hoje é a Rússia, e devemos ser capazes de nos defender sozinhos, independentemente de quem esteja na Casa Branca", disse Manfred Weber, presidente do Grupo do PPE, antes do debate em plenário sobre o fortalecimento da defesa europeia.

"Estamos vivendo em tempos extremamente difíceis, e é preciso agir imediatamente para evitar desafios ainda maiores no futuro próximo. Em primeiro lugar, um compromisso de 0,25% do PIB de cada Estado-Membro da UE para armar a Ucrânia seria suficiente para garantir que ela possa vencer esta guerra", acrescenta Rasa Juknevičienė, eurodeputada e vice-presidente do Grupo PPE responsável pela segurança e defesa.

Juknevičienė não é apenas inflexível quanto ao fato de que a Europa deve ajudar a Ucrânia a vencer a guerra, mas também que "nós mesmos devemos estar totalmente preparados para enfrentar ataques convencionais e híbridos. Se não detivermos Putin na Ucrânia, ele certamente se sentirá tentado a ir ainda mais longe e testar as linhas vermelhas e nossa determinação. Não devemos temer a derrota do regime de Putin, pois essa é a única maneira de alcançar uma paz sustentável no continente europeu", conclui Juknevičienė.

Os apelos de longa data do Grupo PPE para a criação de uma capacidade de defesa europeia mais forte deram frutos. Muito em breve, a Comissão Europeia anunciará um plano para um pilar de defesa europeu, que começará com a criação de um mercado europeu para produtos de defesa.

"Devemos nos concentrar no verdadeiro valor agregado europeu, como a defesa cibernética, os drones e a dissuasão da Europa como um todo, inclusive a nuclear. É nesse ponto que precisamos da Europa, pois o nível nacional sozinho não pode oferecer essas capacidades. Se quisermos manter a paz, temos que ser fortes juntos", enfatiza Weber.