Venezuela: Os dias de usurpação estão contados

O Grupo PPE pede que o vencedor das eleições presidenciais da Venezuela, Edmundo González Urrutia, seja reconhecido como o presidente eleito do país.

"Temos o triste dever de continuar a defender a democracia na Venezuela. É uma decepção, mas dificilmente uma surpresa, o fato de que alguns ainda insistem que a Venezuela de Maduro é tudo menos uma ditadura. Não pode haver meias medidas aqui. Devemos apoiar inabalavelmente a oposição democrática e pacífica da Venezuela em sua luta pela liberdade. No Grupo PPE, acreditamos firmemente que, quando se trata de democracia, não há "se" ou "mas" - devemos nos manter firmes para defender o que é certo", disse Gabriel Mato Adrover, eurodeputado, antes do debate plenário de hoje.

"A chamada posse de Nicolás Maduro foi mais um ato triste em uma tragédia que, infelizmente, se abateu sobre o povo venezuelano por tempo demais. Essa tragédia também é uma farsa: o mundo inteiro percebeu que a encenação da normalidade institucional é tudo o que resta de um regime que se mantém apenas por meio da violência que inflige a seus cidadãos", acrescentou o eurodeputado Sebastião Bugalho.

"Edmundo González Urrutia venceu as eleições presidenciais, mas foi impedido de retornar ao seu país. Enquanto isso, María Corina Machado liderou destemidamente uma manifestação pró-democracia no dia 9 de janeiro, sendo detida pela polícia e posteriormente liberada, mostrando o completo desnudamento de um sistema baseado em mentiras, brutalidade e no atropelamento das liberdades mais básicas. O Grupo PPE reconhece e elogia o compromisso e a coragem de todos os democratas venezuelanos e os apoia em sua luta pela decência, pela vida política normal e pelo respeito aos direitos humanos. Estamos ao lado dos vencedores do Prêmio Sakharov 2024 e defendemos a legalidade democrática na Venezuela. Os dias de usurpação estão contados", conclui Bugalho.

O Parlamento Europeu votará na quinta-feira uma resolução parlamentar sobre a atual situação na Venezuela.