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10.02.2015 8:52
Fernando Ruas defende revogação de resolução que autoriza o "uso de força potencialmente letal"
Aviso importante
Os pontos de vista aqui expressos são opiniões da delegação nacional e nem sempre reflectem as posições do Grupo parlamentar do PPE
Face às recentes notícias da imprensa internacional, que dão conta da aprovação de uma resolução por parte do ministro da defesa venezuelano - General Vladimir Padrino Lopez - , autorizando militares venezuelanos a usarem "força potencialmente letal", no controlo da ordem em reuniões públicas e manifestações, o eurodeputado do PSD Fernando Ruas questionou a Vice-Presidente da Comissão Europeia e Alta Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança - Federica Mogherini - sobre a admissibilidade e legalidade deste tipo de instrumento jurídico.
O eurodeputado português considera "inadmissível e atentatório dos mais elementares direitos previstos na Declaração Universal dos Direitos do Homem" que se permita o uso de força potencialmente letal, bem como armas de fogo para evitar a desordem e impedir qualquer agressão proveniente de reuniões públicas e manifestações.
Foi nesse sentido que dirigiu a questão à Alta Representante, manifestando a sua consternação com a adoção deste tipo de mecanismos, ao arrepio da própria constituição venezuelana e das normas de direito internacional, a qual não só merece uma clara condenação por parte da comunidade internacional, como deve ser alvo de revogação imediata.
Recorde-se que a República Bolivariana da Venezuela subscreveu a Carta das Nações Unidas, a Declaração Universal dos Direitos do Homem, o Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, a Convenção Internacional sobre a eliminação de todas as formas de discriminação racial, a Convenção contra a tortura e outros tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou degradantes, os princípios básicos sobre o emprego de força e de armas de fogo por todos os funcionários encarregados de cumprir a lei, a declaração dos princípios básicos de justiça relativo às vítimas da criminalidade e de abuso de poder, entre outros.
Como tal, não pode, nas palavras do deputado europeu "ignorar e fazer tábua rasa destes normativos internacionais, aprovando uma resolução que contrasta e viola todos estes valores e princípios fundamentais".
ex-Eurodeputado/ex-Eurodeputada do Grupo PPE
Chefe da Unidade da Imprensa Nacional. Assessor/a de imprensa para a Conferência sobre o Futuro da Europa. Imprensa Nacional, Comunicação Social Portuguesa
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