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26.01.2018 15:45
Carlos Coelho condena “farsa eleitoral” na Venezuela
A Assembleia Constituinte da Venezuela decidiu convocar eleições presidenciais antecipadas, a serem realizadas até 30 de Abril de 2018. Cabe agora ao Conselho Nacional Eleitoral definir a data específica e organizar o acto eleitoral. Os movimentos da oposição ao regime e a maioria da comunidade internacional já condenaram esta convocatória antecipada, em pleno processo de diálogo entre governo e oposição, mediado pelo Grupo de Lima, que reúne 12 países latino-americanos.
Em reacção a esta convocatória, Carlos Coelho afirmou que “esta convocatória surpresa é mais uma farsa eleitoral e mais um atentado da ditadura de Maduro contra a democracia e o Estado de Direito na Venezuela. Quando a prioridade do governo devia ser o processo de diálogo com a oposição, a escolha foi manter o poder a todo o custo e, numa manobra lamentável, convocar eleições que estão feridas à partida. Desde logo, porque convocadas por uma Assembleia Constituinte composta apenas por apoiantes do regime de Maduro e cuja eleição e legitimidade suscita as maiores dúvidas. E a isto soma-se o facto dos principais movimentos de oposição terem de se reinscrever no Conselho Nacional Eleitoral, de onde foram expulsos em Dezembro, e não terem, manifestamente, tempo para organizar uma campanha eleitoral”.
O Deputado ao Parlamento Europeu, que propôs a atribuição do Prémio Sakharov à Oposição Democrática Venezuelana, acrescentou que “desde Julho já são mais de 125 mortes em manifestações nas ruas da Venezuela, número que nos choca a todos. Face a isto, em vez de procurar soluções para a falta de alimentos, medicamentos e bens de primeira necessidade, Maduro opta por desafiar a oposição e a comunidade internacional. E quando tem a oportunidade de se empenhar num processo de diálogo, que estava a ser mediado pelo Grupo de Lima, afronta os seus vizinhos e protagoniza esta manobra de pura sobrevivência política. É profundamente lamentável e condenável”.
Sobre a comunidade portuguesa e luso-descendente no país, o social-democrata recordou que “há meio milhão de nossos compatriotas que vivem na Venezuela e cuja situação me preocupa muito. Sei que há muitos portugueses e luso-descendentes que, trabalhando e investindo na Venezuela, estão a ser fortemente prejudicados pelo sistema de intervenção nos preços decretado por Maduro. Espero que as sanções a altos dirigentes da ditadura de Maduro ajudem a desbloquear um impasse que está a conduzir todos aqueles que vivem na Venezuela para o conflito social, o caos económico e a repressão política
Notas aos editores
O Grupo PPE é o maior grupo político no Parlamento Europeu, composto por 187 deputados de todos os Estados Membros
Eurodeputado
Head of National Press Unit. Press Officer for Conference on the Future of Europe. National Press, Portuguese Media
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