A UE deve aumentar a produção farmacêutica para se proteger contra guerras comerciais

"Uma escassez extremamente preocupante de medicamentos essenciais vem aumentando em toda a UE há muitos anos. A situação é urgente: na Europa, há uma falta de medicamentos vitais, produtos como insulina, antibióticos e analgésicos, por exemplo", alertou Tomislav Sokol, eurodeputado e porta-voz do Grupo PPE para a Saúde Pública, antes da apresentação da proposta da Comissão sobre a Lei dos Medicamentos Críticos.

"Diante da crescente instabilidade global, da ameaça de guerras comerciais e de tarifas, já passou da hora de agir. Nossos cidadãos não podem esperar - eles dependem desses medicamentos todos os dias. Embora a saúde seja principalmente uma competência nacional, acreditamos firmemente que a UE pode e deve fazer muito para aliviar esse problema." O deputado Sokol descreve a futura Lei de Medicamentos Críticos como "uma oportunidade para a Europa reforçar sua resiliência farmacêutica, fortalecendo sua indústria farmacêutica e suas cadeias de suprimentos".

"Impulsionar a produção europeia é crucial. A UE precisa reduzir sua dependência de países terceiros para ingredientes farmacêuticos ativos (APIs) e aumentar a produção de medicamentos na Europa", explicou Sokol. O Grupo do PPE quer garantir o acesso justo e oportuno aos medicamentos para os cidadãos de todos os Estados-Membros. Reformar as regras de aquisição da UE para priorizar a segurança do fornecimento e apoiar os investimentos financiados pela UE na fabricação de medicamentos são passos na direção certa, de acordo com Sokol.

"Não devemos esquecer as lições que aprendemos com a pandemia da COVID-19. A pandemia expôs grandes lacunas no acesso a medicamentos essenciais, cadeias de suprimentos frágeis, nossa dependência excessiva de importações e a falta de coordenação entre os países da UE. A COVID-19 provou o valor da aquisição conjunta de vacinas. Essa ação, mesmo que voluntária, juntamente com o armazenamento coordenado onde for prático, é como a UE pode agregar valor em colaboração e apoio aos esforços dos Estados-Membros."

"Chegou a hora de a UE se mobilizar e garantir a segurança sanitária de seus cidadãos", concluiu Sokol.